Estevão Silva
1888
Arte do Século XIX
Materiais: Oleo, tela, marco.
Dimensões: 48x59cm
Rio de Janeiro/RJ 1845?-1891 – Pintor. Filho de escravos africanos, Estevão Silva Ingressou na Acdemia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1864. Foi aluno de Geroge Grimm, Vítor Meireles, jules Le Chevrel e Agostinho José da Mota, de quem recebeu forte influência na pintura de naturezas-mortas. Lecionou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Manteve relações com o Grupo Grimm, cuja proposta era a observação direta da natureza, subistituindo a apreciação entre quatro paredes, porém não rompeu com a Academia. Na exposição Geral de Belas Artes, conquistou a medalha de prata nos anos de 1976 e 1879, a medalha de ouro de segunda classe em 1884 e o prêmio aquisição no ano de 1890. Quando, contrariando todas as expectatias, não recebeu o primeiro prêmio na Exposição Geral de Belas Artes de 1879, protestou durante a seção solene diante do próprio imperador, o que lhe rendeu a suspensão dos estudos por um ano. Sob muitos aspectos, Estevão Silva é considerado um dos maiores pintores brasileiros de natureza-morta, destacando-se especialmente no tema das frutas tropicais, embora também tenha praticado o retratismo e a pintura histórica, religiosa e alegórica, sem, contudo alcançar nesses gêneros a mesma notoriedade. José Teixeira Leite avalia que o artista “soube capta, numas poucas laranjas ou limões, numa melancia, numa simples penca de bananas, toda a sua rústica poesia.” Segundo Duque Estrada, “é difícil e até parece impossível pintar frutos melor do que os tem pintado Estevão”. Para o crítico, “o colorido quente, intenso, gritalhão de seus frutos, reunido à escuridão das sombras, dá aos quadros, mesmo aos menores, um aspecto de rudeza que domina e destrói a macieza aveludada, a delicadeza voluptuosa com que tratava alguns espécimes da natureza frutífera dos trópicos.”